Sabe quando você precisa fazer algo, acessa um site específico, consegue resolver seu problema sem crise nenhuma? Dá uma sensação de trabalho feito maravilhoso, não?
Provavelmente a experiência de uso desse site foi estudada e pensada justamente para isso: ser eficiente para você.
Como profissionais de design e tecnologia, é nossa corresponsabilidade oferecermos isso. Confira algumas dicas rápidas para se aproximar um pouco mais disso, começando com um pequeno clichê.
Confira neste post:
1 – Menos é mais
Essa eu diria que é a dica de UX mais fascinante.
Ao acessar um site, quando parece que está faltando ar para nós respirarmos ali, provavelmente a pessoa responsável quis aproveitar todos os espaços vazios. O problema disso é que em geral essa decisão é baseada simplesmente nisso: preencher os espaços vazios.

Outro exemplo são contratos. Já reparou que a maioria deles possuem margens bem menores se compararmos com as de um livro? Alguns dirão que é para economizar papel mas na prática acaba nos fazendo apressar a leitura para terminar o sofrimento logo…
“Menos é mais” é um princípio interessante para conseguirmos dar o foco que o usuário ou usuária precisa para completar a tarefa que precisa. Apenas diminua a quantidade de informação apresentada, o número de elementos e veja se faz sentido também encurtar um pouco os textos. Menos elementos inúteis, mais foco.

2 – Ações claras
Ainda pegando o exemplo da primeira imagem, não há nenhuma dica no layout do que exatamente a pessoa pode fazer. Comparando com a imagem amarela aqui de cima do Mailchimp, não precisamos pensar muito pois o site tem os botões com ações bem claras, essa sugestão visual, essa chamada para ação, é o que chamamos de call to action.

Importante dizer que temos que combinar o objetivo do site com o objetivo do usuário. Uma vez que para nós seja interessante que ele compre algo (pensando em um e-commerce por exemplo), isso deve fazer sentido para o usuário também. Do contrário a ação se torna vazia e dá aquela impressão de “estão me empurrando alguma coisa”.
3 – Consistência
Quem nunca ao fazer um layout acabou se dando conta que existia 15 tamanhos de fonte diferente, 56 tons de azul e 346 tipos diferentes de sombra?
Além de deixar nosso trabalho mais complicado para uma possível atualização da identidade visual, a vida do usuário lá da ponta se torna muito mais sofrida.
Imagine se cada cidade resolvesse criar sua própria sinalização de placas de trânsito, o inferno que seria ter que reaprender tudo quando viajássemos?

Isso se aplica a nossos sites também. Se em uma página o botão de salvar é azul e está escrito “Gravar” e tem um ícone de um disquete, qual a razão para que em outra página a mesma ação tenha um botão escrito “Guardar”, em verde, com um ícone de nuvem?
A ideia de uma padronização visual pode assustar muitos designers (me assustava antigamente) pois dá a sensação que pode limitar nossas criações uma vez que começamos a ter regras. Hoje enxergo isso com bons olhos pois de nada adianta algo ser bonito e não ser usável. Importante dizer que também não adianta ser usável se as pessoas não gostarem de estar ali.
Consistência é uma dica de UX interessante pois casa bastante com o que estamos cansados de ouvir por aí sobre design system, guias de estilo, etc. Todos estamos procurando isso hoje em dia. E olha que é algo que o Jakob Nielsen falava desde 1994.
Resumo
Então o que aprendemos em suma? Não “encher linguiça” nas interfaces, cada tela ter um objetivo claro e mantermos uma padronização.
E para você, qual item você acrescentaria nessa lista? Deixe nos comentários e o motivo desse item ser tão importante quando falamos em UX.